Daqui a nada começa “tudo” e eu ainda não acredito.
Passou um ano. Continuamos com a vida em suspenso, com a infância roubada, com adolescência sem amigos e com gente em solidão no fim da vida.
Aqui e ali vê-se mágoa e consequências desta privação. E a longo prazo, “quando isto tudo acabar, como será? Estaremos inteiros e mais fortes? Não me parece.
Fevereiro, por ser pequeno em dias, traz-me a ilusão confortante de um fim à vista. Logo estamos em março e na primavera florescem as flores e a vida renova-se.
Tal como numa gestação, preparamos o ninho para dias bonitos entre quatro paredes, para o estudo e trabalho a partir de casa, distantes, “à distância”, mas a verdade é que só sonhamos com os dias da vida fora de portas e com o mundo inteiro dentro delas.