Não tenho medo do vírus. O vírus não te assalta o equilíbrio e a sanidade emocional.
Tenho medo que me tirem o Natal. E da falta de bom senso dos eventos em massa e da morte da humanidade, quando nos impedem de chorar os nossos e quando nos dizem em horário nobre para não beijar os nossos filhos para mitigar esse vírus.
Está negro o panorama e o mundo perdeu-se quando se esqueceram de analisar que os números deste momento COVID também são as mortes não COVID. E depois esqueceram-se da empatia, do respeito pelo outro, porque neste vírus não sou só Eu, somos todos.
Esta deve ser a última vez que os apanho por aqui antes da época mais bonita do ano e ainda nem sabemos se vai ser Natal.
Até lá caminhamos juntos, respiramos paz e ficamos em família a beijar muito os nossos filhos, na esperança do retorno da humanidade que se perdeu.