Equilibrar o tempo


Digo que - nas férias escolares - vou abrandar e “tirar” uma tarde para mim. Todos os anos que vou ter o meu tempo, que vou parar por mim e pelos três, porque é preciso, que vou pôr a casa em dia... De sonho...
Começo cheia de ideais, mas passam-me com a rapidez que me vêm à cabeça. Há qualquer coisa que me pesa e que não consigo contornar e acabo sempre por levar um deles, almoçar com dois e na tarde seguinte com os três. E o tempo para mim já era. A verdade é que tenho percebido que o tempo para eles agora não substitui nenhum outro mais tarde. Eles não esquecem/ram o que fizemos no verão passado. Nos dias em que não foram à escola em tempo de férias. Nos outros que passaram com os avós... E deliram e são tão felizes com essas memórias. A verdade também é que não consigo desperdiçar este tempo que tenho a sorte de poder ter com eles; este tempo da infância que não vamos ter mais.
Mesmo que não haja um programa, mesmo que eles se peguem e eu só pense que deviam ter ido para a escola, gozamos a nossa casa e tempo uns com os outros. E somos família. Na sua plenitude e bipolaridade e isso é bom demais!
Também sei que amanhã ou depois vai haver tempo de sobra para mim. É que eles estão a voar cada vez mais alto e nesse dia vão querer ter também o tempo deles.


Como fazem nas férias grandes? Ficam com os miúdos em casa, com avós, continuam na escola/ATL? Conseguem - ou têm possibilidade - equilibrar os tempos o coração e a razão?