O melhor da vida


No banco do jardim um que prende o burro vezes a mais da conta e guincha - e os nossos ouvidos já não aguentam. Outro está viciado no jogo - e a culpa é dos avós. E o terceiro, que na verdade foi o primeiro, começa a olhar de lado para as crises da existência duma pré pré adolescência chata que nos deixa cansados com as voltas que temos de dar até ao reposicionamento no caminho (que achamos) certo.
Ninguém nos disse: que educar os filhos era simples. E muito menos que ser criança era fácil. Para eles e para nós, enquanto pais. [E nós sempre quisemos ter três. E ainda ponderámos um quarto, mas... depois... para bem da sanidade e do equilíbrio de todos os valores, direitos e deveres que queremos para a nossa família não arriscámos. E começo a sentir-me completa no todo que somos.]
Mas voltando ao Q inicial... Fácil, fácil é quando são bebés de colo com a simplicidade da dança do come e dorme. 
E o cheiro de um bebé pela casa?! Mas os filhos crescem e a exigência para nós é cada vez mais complexa. E é todo um mundo novo que temos de viver, e aprender e sentir para depois ensinar e passar a ser.
Estamos cansados de saber que todos os dias com eles são um desafio, um drama, outros uma bela comédia e sempre um romance que nos leva à exaustão e a um constante re-inventar e apaixonar.
Sabemos também que só assim, nesta alegria, na tristeza, na saúde e na doença se constrói uma família e a felicidade. Que é afinal a nossa.