28 de junho



Ontem fizemos 8 anos de casados. Não me lembrei. "Estava longe", não fosse o SMS da minha sogra que me fez "cair na real" ainda a tempo.
Ultimamente nem sei a quantas ando...  e pela primeira vez sinto "o peso" dos 3 filhos, do dois-contra-três, e do só-eu-e-eles e do trabalhar fora de sol a sol...
Não me queixo. Não quero e nem posso, quando ainda sonhamos com outro filho. Mas todos os dias sinto na pele que este mundo não está feito para quem quer viver a maternidade como eu...
Ando a mil! Amnésica, e desculpo-me nas noites mal dormidas, nas amigdalites de um atrás do outro e com a Escola, que não nos tem facilitado a vida de pais trabalhadores, com a falta de respostas para os nossos filhos em altura de férias escolares.... Só me pergunto: e quem não tem com quem os deixar??
Tenho só assim três finais de ano (letivo) para gerir e nem estou a considerar o meu - quem trabalha na escola sabe do que falo.
Jogo constantemente Tetris para encaixar tudo, mais alguma coisa e os três - a nossa prioridade! - na "agenda" diária; e mesmo com tudo anotado e escalado há sempre coisas que escapam e não me perdoo... Hoje foi piscina para um e praia do outro, amanhã visita de estudo, no dia seguinte ir buscar mais cedo... ir levar e buscar....
Estes dias deixam-me a balançar... e uma vontade louca de me lançar de sopro naquele todo mundo novo da maternidade, com que sonho dia após dia. São sempre os medos, que me fazem ficar no mesmo sitio e aguentar esta vida que não está desenhada para as Mães. É assim que se convida à natalidade??? Redondamente: não!
Mas não é o reboliço dos dias que nos faz falhar com aquilo que realmente nos importa.
Comemorámos em festa o dia do nosso casamento com um jantar romântico improvisado de pizza!! no jardim.
Revivemos O Dia, quente, como o de ontem. Enquanto preparávamos a mesa, o nosso filho pré-adolescente disse-nos que tinha uma "família muito fixe" e mais uma vez fez-nos sentir, que mesmo com tantas nuances, somos de carne e osso, e tão felizes com o que Deus nos reservou.