Setembro

O ritmo do mês setembro é alucinante. O ritual repete-se. O Pai a trabalhar e eu em casa; com os três, com dois e outras vezes sozinha, quando o melhor pai/avô do mundo os leva e eu consigo respirar e fazer outras coisas.
Nos dias em que tenho de trabalhar vamos ficando em casa até não dar mais. Eu no pc a concorrer, enquanto eles alternam entre desenhos animados, a quinta da playmobil e o pátio e estão bem, ou não se largam e agarram-se até um ficar a chorar e eu com "os nervos" à flor da pele. 
Em casa têm os brinquedos preferidos à mão e um espaço enorme para correr, saltar e andar de bicicleta. Mas o tempo em demasia entre as nossas paredes (e sem a minha atenção total) é excitamento-extra-garantido! e um convite a não fazer mais nada a não ser perder a paciência com eles (e a arrepender-me no minuto a seguir). É quase imperativo sair, mesmo que seja só à rua da frente, para bem da minha sanidade mental. [e acho que da deles também]
Setembro é assim. O nosso janeiro. O mês do "balanço". Em que o meu trabalho me obriga a balançar entre indefinições/indecisões/decisões/risco, onde ando (andamos) a mil num jogo mental caótico (quem trabalha na Escola percebe tão bem). Onde nos perdemos pela noite dentro em conversas de marido e mulher e onde definimos tantas coisas até ao próximo setembro.

Com tudo, setembro é o nosso mês. Onde tudo se começa outra vez a alinhar. Quando voltamos à escola e decidimos sobre as atividades (extracurriculares) que os vão ajudar a crescer e a ser ainda mais felizes. Em que gerimos os nossos horários e a disponibilidade dos avós, na tentativa de que estejam na escola só nos tempos letivos e que tenham o melhor acompanhamento possível enquanto estamos a trabalhar. Em que nos atiramos cheios de vontade à vida. 
Especialmente nesta semana do mês, há  muita coisa boa a acontecer: a alegria do Mia com a escola nova, o Vicente com o primeiro ano e finalmente no clube de futebol! Especialmente esta semana, estamos mais unidos que nunca. 

Amanhã começam as aulas e é o primeiro dia do resto das suas vidas.