Uma Mãe real

Estou completamente vidrada neste bebé. Completamente absorvida pela vida de Mãe a tempo inteiro, que me suga todo o tempo; e tantas vezes me faz andar esgotada e perder a paciência com eles...

Adoro esta tranquilidade dos dias, com o Sebastião e adoro a lou-cu-ra das tardes sozinha com os três, até o pai chegar a casa. 

A (minha) maternidade é um romance, mas a minha maternidade também tem episódios dramáticos. 

Não pode falar a verdade quem diz que é sempre um mar de rosas, que as crianças estão sempre limpas e imaculadas e que os brinquedos estão todos nos sítios. 

Embora haja uma rotina, todos os dias são diferentes e há uns melhores que outros. Mesmo assim, mesmo que grite, que refile, que perca a paciência (detesto quando isto me acontece!), mesmo que fiquem de castigo, mesmo que não brinque todos os dias aos índios ou que não cole cromos na caderneta do mundial, nunca deixo de ser Mãe e de os amar em todos os momentos. Dou sempre, mas sempre o meu melhor e não tenho complexos em assumir que falhei.

Ser Mãe é também ter tempo só para nós, é dizer "Não" e que estamos cansadas e que agora o nosso tempo é para o Pai. 

No fundo, acho que sou uma mãe real. Imperfeita e genuína, acima de tudo. 

Mas não será isto que os nossos filhos querem de nós?