Da amizade

Não tenho muitos amigos. Contam-se pelos dedos de uma mão. Os que se mantêm até hoje, os da infância. Depois tenho alguns amigos, poucos, que ficaram do secundário, da universidade, do trabalho. Pessoas que se cruzaram no meu caminho, e continuam a caminhar nele até hoje. Pessoas de quem gosto muito, mas com quem não estou todas as vezes que gostaria; porque vivemos em cidades diferentes, porque a vida é uma correria e faz com que haja pouco tempo para se estar com as pessoas de quem gostamos. Podem ser só desculpas, mas é realmente o que acontece.
O facto de gostar muito destas pessoas não me faz ser a pessoa mais presente na sua vida e eles na minha. Mas esta distância não tem a ver com sentimentos. Embora nos vejamos e falemos pouco, quando nos encontramos é uma alegria e como se estivéssemos estado juntos no dia anterior.
Penso nestes amigos, sinto saudades, preocupo-me, por isso quando estou com eles, é como se estivéssemos juntos todos os dias. Não guardamos ressentimentos pelas ausências, não ligamos se este ou aquele não nos ligou naquele ou no outro dia. A distância, não tem a ver com ausência, despreocupação ou falta de amor, porque os AMIGOS estão sempre lá mesmo quando não estão.
"Eles" sabem quem são.